segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

NOSSA TV * SENSACIONALISMO E TRAUMA !!!



DOCUMENTO ENVIADO AO SENADOR SUPLICY.
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Santo André 23 de outubro de 2008.

PREZADO SENADOR EDUARDO MATARAZZO SUPLICY.
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Venho até vossa excelência para lhe propor uma reflexão que já a muito, como brasileiros, temos por prioritária e emergente necessidade.'
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E acredito por experiência já vivenciada e privilegiado por sua postura e seriedade parlamentar: flagrante, atuante, solidário, altruísta e cumpridor de suas propostas de campanha que serei novamente ouvido.
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Alimento forte a esperança de que o senhor reflita e se assim também acreditar, encaminhe para os órgãos e responsáveis competentes para tanto, o pleito que lhe faço a seguir.
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Nossa condição educacional e cultural sofreu um atraso substancial dado a plurais fatores que o senhor até mais que eu e muitos saberia apontá-los e quantificá-los.
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E isso nos trouxe seqüelas que até hoje em nossos comportamentos são diagnosticadas ainda como fruto desse atraso educacional e – também - cultural.
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Tomando como exemplo esse deplorável e lamentável incidente ocorrido com a jovem Eloa Cristina da Silva, 15 anos e sua amiga Nayara Rodrigues da Silva, 15 anos ambas mantidas em cárcere privado pelo meliante e semi-irracional o namorado enciumado Lindemberg Fernandes Alves, 22 anos.
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Ficamos perplexos por tamanho o numero de cúmplices que junto com o principal agente do crime que ceifou a vida de Eloa o Lindenberg, somaram-se como culpados dessa tragédia.
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E dentre tantos cúmplices e somados ainda pela ausência de competência de quem comandou ou pelo menos deveria comandar com sucesso e energia e não o fez.
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A figura da “imprensa sensacionalista” somadas a outros fatores juntam-se aos responsáveis da tragédia.
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A pressão exercida pelos jornalistas e repórteres instigados pelos seus ancoras, apresentadores, diretores de televisão, patrocinadores e todos que estão envolvidos numa busca alucinada e semi-insana corrida por num furo de reportagem foi e tem sido nosso grande agressor diário.
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São programas de baixo cunho intelectual que através da desgraça ou infortúnio de outros trazem na visão apenas e tão somente os picos e índices de audiência elevados.
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Esquecendo-se que na maioria das vezes por semear o medo, a agressão no sub texto de nossas crianças, idosos e donas de casa, acabam criando uma inquietude e insegurança gratuita levando muitos a uma depressão quase suicida.
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Quem poderá nos garantir que essa vitima Eloa não foi mais vitimada pelos programas sensacionalistas que transformaram Lindemberg em uma quase celebridade nacional e internacional do crime , pois se até saímos no New York Times imagine em outros jornais do mundo.
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E todo esse sensacionalismo barato e quase criminal já plantou em muitas outras cabeças com visão delinqüente e criminal um manual de como não errar se assim resolverem – também – agir.
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Em resumo Senador Suplicy, não quero sugerir para que se cale a imprensa e a liberdade de expressão, pois sei o quando o senhor lutou – nos idos da ditadura - para termos essa liberdade.
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Porém a Lei da imprensa tem que sofrer uma mudança ou emendas radicais e urgentes.
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Não podemos ter um Datena, uma Sonia Abraão, um Geraldo Luiz, um Ratinho, uma Márcia Goldshimit, uma Luciana Gimenez, um Brito Junior, uma Ana Maria Braga, um Wagner Montes e outros apresentadores do terror cotidiano.
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Entrevistando em canal aberto um meliante desequilibrado, enquanto a policia acaba refém de uma legião de patrocinadores de produtos e não da solução da causa sem vÍtimas.
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Sugestão para que isso não aconteça futuramente: A televisão, o radio, os jornais, a internet e outros meios de comunicação não podem atuar enquanto existe a vida em risco de reféns, nas mãos de marginais.
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Pois a situação solitária e sem público do bandido tem que ter o conhecimento prévio do mesmo deixando-o assim sem a possibilidade e pedir conforto algum como o ocorrido.
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Não tenha duvida Senador que se fizermos um plebiscito os programas sensacionalistas e o jornalismo marrom serão derrotados como resultado final.
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Acredito que os Ministérios da Justiça e principalmente o da Comunicação poderiam ouvir uma comissão parlamentar do senado dirigida por vossa excelência para gerarem juntos uma nova postura de imprensa que nos proteja como brasileiros que o somos.
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Pois a televisão como instrumento social tem que nos trazer: refrigério de sentimentos, informação construtiva, transformação substancial, cultura, educação e entretenimento e não fobia, insegurança, descrédito em nossas autoridades e políticos e o sensacionalismo que nos aprisiona a cada vês mais num estado de insegurança constante.
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Senador Suplicy, lhe agradeço em meu nome e em nome de minha mãe Maria Gilda de 82 anos dois filhos de 13 e 8 anos e de uma população que lhe pede essa deferência.
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Acreditando em seu - já histórico - comprometimento suprapartidário.
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Renovo meus agradecimentos.
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Cecél Garcia

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AQUI É PROIBIDO PROIBIR... ATÉ POR QUE ACREDITO QUE VOCÊ, TENHA NASCIDO DOTADO (A) DE SENSO CRÍTICO E AUTOCRÍTICA...
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IMPRESCINDÍVEL, PARA UM SER QUE SER CONSIDERA SER !!!
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Carinho & Gratidão...
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Cecél Garcia